O passado é experiência de vida, o presente é vida e o
futuro é expectativa de vida. Só existe vida de fato no presente; querer viver
no passado ou no futuro é fugir da realidade, o que tende a gerar sofrimento.
PASSADO:
O passado é o aprendizado pela experiência, o que
nos possibilita viver melhor o presente e nos prepara para encarar o
futuro.
O passado pode e deve ser relembrado, para
consolidar o aprendizado, mas não pode ser revivido. A vida é dinâmica, o
mundo não para e cada momento é único, pois muda a pessoa e muda o
contexto, o que torna impossível reviver o passado. Quando a pessoa tenta
reviver o passado, ela pode viver uma experiência melhor ou pior que a
anterior, mas nunca a mesma, pois nada será como antes.
O passado deve ser visto como um facilitador da
vida presente, e não como um limitador.
PRESENTE
Só existe vida consciente no presente. Para
viver plenamente o momento, a pessoa deve estar focada no presente e buscar ter
dele uma percepção completa e isenta de prejulgamentos e expectativas. Quanto
mais focada no presente, melhor a pessoa vivencia a experiência e melhores são
os resultados dela decorrentes. É preciso saber valorizar cada experiência,
cada oportunidade de satisfação e/ou aprendizado. Quanto mais evoluída for a
pessoa, mais desenvolvida tende a ser a consciência da momento presente, menos
intensos são os desejos e emoções e mais integrada à vida a pessoa se sente, o
que a torna cada vez menos dependente de experiências passadas e de
expectativas de futuro.
FUTURO:
Viver totalmente em função de um passado bom ou
ruim, ou de uma expectativa de um futuro bom ou ruim, é abdicar de viver. Sem
esquecer as lições do passado ou as possibilidades do futuro, a pessoa deve
buscar viver da melhor forma possível o presente, pois o tempo não para, o
passado não volta e o futuro talvez não ocorra, ou talvez não seja como
esperado. Em suma, a pessoa deve buscar ser feliz no caminhar.
Deixei de acreditar no passado e no futuro pelos meus motivos. Se isto vai mudar eu não sei. Só sei que me resta o presente pois é nele que eu vivo. É nele que as pessoas podem me surpreender, para o bem ou para o mal, isto não importa. É no presente que vivo, é no instante que habito, que interajo, que me encorajo e que me sustento. É no presente que eu vejo com lucidez o que está realmente acontecendo. É no flash, é no agora que a alma alheia se revela. E é justamente no presente que eu consigo ver, em conjunto, o quanto as pessoas carregam de passado e almejam de futuro.
É no presente em que vivo o único lugar onde as pessoas não me iludem, não me surpreendem. É no presente em que vivo o momento em que as armas estão igualitariamente disponíveis e ao alcance de todos. É no presente em que vivo que vive também a justiça. É no presente que todos são iguais.
Para os males da razão, um pouco de amor. Para os males de amor, um tanto de razão!
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; tudo se fez novo.”